Profissionais e garotos juntos: a experiência da Copa FGF
Não é todo dia que você vê nomes acostumados à Série A dividindo vestiário com garotos do Sub-20 em uma competição regional. Mas essa é a realidade do Grêmio na Copa FGF. Fora de outras disputas e com o foco total no Brasileirão, o clube decidiu inovar e juntar atletas do elenco principal com as promessas da base para manter todo mundo em atividade, principalmente quem anda jogando pouco.
Rodrigo Caio, que chegou ao Grêmio em junho sonhando com uma vaga entre os titulares, virou um personagem central dessa estratégia. Com poucos minutos no time principal, agora tenta recuperar ritmo de jogo enfrentando adversários da Copinha local. Não está sozinho: o zagueiro Natã e o meia Mila, que vinham se recuperando de lesões, também foram escalados para esses duelos, buscando confiança e novas oportunidades no grupo profissional.
O comando da equipe está nas mãos de Airton Fagundes, técnico do Sub-20. Ele ganhou a responsabilidade de equilibrar os jovens cheios de vontade com atletas rodados, que encaram essa experiência como chance de mostrar serviço para Renato Gaúcho e o restante da comissão técnica, que acompanha tudo de perto. Essa mistura tem rendido partidas interessantes e aumentou a competitividade do torneio.
Os bastidores de uma decisão estratégica
Depois da eliminação nas outras competições, a diretoria decidiu que o melhor jeito de manter atletas prontos seria criar esse "laboratório" dentro da Copa FGF. Quem fica fora das listas do Brasileirão agora não precisa só esperar por uma lesão ou suspensão no elenco principal. Eles podem correr atrás de vaga mostrando desempenho em campo nos jogos do Sub-20, sob o olhar atento do staff profissional.
A comissão técnica sabe que, sem jogos de meio de semana, o ritmo do elenco principal pode cair. E ninguém quer jogador entrando frio na reta decisiva do maior campeonato do Brasil. Além disso, serve para quem está voltando de lesão reencontrar confiança sem tanta pressão por resultado. Parece simples, mas exige atenção para não sobrecarregar os jogadores e respeitar diferenças físicas entre garotos da base e profissionais experientes.
Nos bastidores, técnicos e preparadores destacam o impacto positivo da iniciativa. Para alguns jovens, conviver e jogar com atletas do time principal acelera o amadurecimento. Para os mais velhos, é uma chance de ganhar moral, mostrar valor e fugir do banco de reservas. A ideia é seguir apostando nesse formato até o fim do torneio, tratando cada partida como extensão dos treinos e oportunidade de observar todos em ação.
Assim, o Grêmio transforma a Copa FGF em uma verdadeira vitrine interna, apostando em inovação e integração total entre base e elenco principal, tudo para seguir forte na temporada com o foco no Brasileirão Série A.