Conflito Legal entre Justiça Brasileira e Plataformas Americanas
Em fevereiro de 2025, um cenário de tensão internacional emergiu entre o ministro do Supremo Tribunal Federal brasileiro, Alexandre de Moraes, e as plataformas americanas Rumble e Trump Media & Technology Group (TMTG). O embate centra-se nas ordens de censura emitidas por Moraes, que visam restringir conteúdos críticos ao Supremo Tribunal no Brasil. Rumble e TMTG resistem, argumentando que tais ordens violam a soberania dos Estados Unidos e os princípios da liberdade de expressão garantidos pela Constituição americana.
A situação esquentou quando Moraes ordenou que a Rumble bloqueasse contas vinculadas ao ‘Dissidente Político A’, posteriormente identificado como o blogueiro Allan dos Santos, residente nos EUA. As contas foram acusadas de disseminar desinformações e ataques ao STF. Quando a Rumble recusou-se a cumprir, Moraes retaliou suspendendo a plataforma em território brasileiro e aplicando multas significativas.

Decisão Judicial nos EUA: Vitória para a Liberdade de Expressão
Como contramedida, Rumble e TMTG levaram a disputa aos tribunais americanos, tentando um mandato de segurança contra as diretrizes de Moraes. No entanto, em 25 de fevereiro, a juíza distrital Mary Scriven rejeitou o pedido. Sua decisão baseou-se no argumento de que as ordens de Moraes não foram devidamente notificadas de acordo com a Convenção de Haia ou tratados entre Brasil e EUA, deixando as empresas livres para não cumpri-las.
A decisão da juíza Scriven foi celebrada como uma vitória para a liberdade de expressão. Ela destacou que tribunais estrangeiros não podem impor censura a plataformas de comunicação dentro dos EUA sem que haja ações de execução respaldadas por autoridades locais. Além disso, ela afirmou que as cortes dos EUA intervirão caso Moraes tente fazer cumprir suas ordens em território americano.
- A suspensão do Rumble no Brasil reflete a escalada das tensões entre o poder judiciário brasileiro e plataformas digitais globais.
- Alegações de violação dos direitos constitucionais dos EUA e do direito internacional por parte de Moraes.
- A defesa de que críticas ao Supremo Tribunal do Brasil devem ser protegidas sob a liberdade de expressão nos EUA.
Esse caso ilustra como a intersecção entre soberania nacional e operações de plataformas globais pode gerar conflitos complexos, especialmente quando se trata de regular o conteúdo digital em diferentes jurisdições.