Quando Benjamin Netanyahu, primeiro‑ministro de Israel Governo de Israel e Vladimir Putin, presidente da Rússia Governo Russo foram citados na mesma coluna de Wálter Maierovitch, jurista e colunista do UOL Notícias, a ideia de que ambos empregam táticas idênticas para conquistas territoriais ficou ainda mais clara. Publicada em 31 de agosto de 2025, a análise alerta para a mortalidade civil crescente em Gaza e na Ucrânia, enquanto a International Criminal Court (ICC) mantém mandados de prisão contra os dois líderes.
Contexto geopolítico de Gaza e Ucrânia
Desde o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, a faixa de Gaza tem sido palco de bombardeios incessantes, destruição de infraestrutura civil e escassez de assistência humanitária. Parallelamente, a guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, continua a gerar milhares de mortes e deslocamentos. Ambos os conflitos compartilham um padrão: a exploração de períodos de negociação de paz para intensificar ofensivas.
Os acordos de cessar‑fogo sugeridos por Egito e Catar, sob supervisão dos Estados Unidos, incluíam a libertação de reféns israelenses – vivos ou mortos – mas foram repetidamente adiados por Netanyahu, segundo Maierovitch.
Análise de Maierovitch: táticas paralelas
O jurista aponta que""tanto Netanyahu quanto Putin utilizam as negociações como cortina de fumaça." Em Gaza, a promessa de um cessar‑fogo cria expectativa de alívio humanitário, mas simultaneamente abre espaço para bombardeios mais pesados, como o ataque à Sagrada Família em Gaza, que matou dois fiéis durante a missa.
Na Ucrânia, após encontros encenados por Donald Trump no Alasca e na Casa Branca, Putin manteve um discurso de "prospects de paz" enquanto as forças russas avançavam em áreas estratégicas, aumentando o número de vítimas civis.
Maierovitch destaca ainda o relato de Padre Gabriel Romanelli, pároco da comunidade católica de Gaza, que contabilizou 54 mortes entre os cerca de 500 católicos residentes. "A tragédia teria sido maior se não fossem os 300 que conseguiram fugir pelo passo de Rafáh", enfatiza.
Repercussões da ICC
Em 11 de março de 2025, a International Criminal Court prendeu o ex‑presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, por crimes contra a humanidade – um marco que aumentou a pressão sobre líderes ainda no poder. Desde então, mandados foram emitidos contra Netanyahu e Putin, embora ambos ainda permaneçam impunes.
A ação da ICC sinaliza uma mudança de postura: ao invés de aguardar o fim de conflitos, a corte agora visa responsabilizar líderes enquanto a guerra ainda arde, lembrando os casos de Slobodan Milošević e Charles Taylor, cujas punições só chegaram após perderem influência regional.
Impacto sobre civis e infraestrutura
- Mais de 2.300 civis mortos em Gaza desde outubro de 2023, segundo a ONU.
- Estima‑se que 7,5 milhões de ucranianos tenham sido deslocados internamente ou tenham buscado refúgio no exterior.
- Hospitais, escolas e templos religiosos foram alvos deliberados: além da Sagrada Família, a igreja ortodoxa São Porfírio foi atingida, matando 16 fiéis.
- A retirada da ONU da distribuição de alimentos, substituída por uma fundação privada acusada de vender ajuda no mercado negro, desencadeou tiroteios em filas de abastecimento.
Esses números reforçam o argumento de Maierovitch: ao manipular o discurso de paz, os dois líderes criam um ambiente de impunidade que alimenta a violência contra quem já está vulnerável.
Perspectivas futuras
Com a ICC mantendo os mandados, a comunidade internacional enfrenta um dilema: impor sanções eficazes ou arriscar a legitimidade das instituições jurídicas globais. Enquanto isso, a população civil continua presa entre bombardeios e negociações que pouco avançam.
Especialistas como a professora de direito internacional Cláudia Freitas apontam que a pressão diplomática sobre Israel e Rússia pode intensificar-se se novos casos de supostos crimes forem documentados. Entretanto, a real‑politik costuma sobrepor princípios à praticidade.
O que se espera, ao menos, é que a atenção global permaneça focada nas vítimas – crianças, idosos e mulheres – cujas histórias frequentemente se perdem nos relativismos estratégicos.
Principais fatos
- 31/08/2025 – Wálter Maierovitch publica coluna no UOL Notícias comparando táticas de Netanyahu e Putin.
- Mandados de prisão da ICC ainda não foram executados.
- Bombardeio da Sagrada Família em Gaza mata dois fiéis durante missa.
- 54 católicos mortos em Gaza desde 2023, segundo Padre Gabriel Romanelli.
- Fundação privada substitui a ONU na distribuição de alimentos, gerando tiroteios em filas.
Frequently Asked Questions
Como os mandados da ICC afetam Netanyahu e Putin?
Os mandados impedem viagens internacionais e aumentam a pressão diplomática. Porém, enquanto permanecem no poder e contam com apoio interno, a execução prática ainda é limitada, gerando um impasse jurídico‑político.
Qual foi o papel de Donald Trump nas negociações citadas?
Segundo a coluna de Maierovitch, Trump organizou encontros simbólicos no Alasca e na Casa Branca, que serviram mais como encenação de boa‑fé do que como reais impulsionadores de paz, permitindo que Putin mantivesse a retórica enquanto avançava militarmente.
Quantas vítimas civis foram registradas nos ataques recentes a lugares de culto?
Além dos dois fiéis mortos na Sagrada Família, 16 pessoas morreram na igreja ortodoxa São Porfírio. As autoridades locais estimam que dezenas de outras vítimas foram feridas em ataques a escolas e hospitais.
O que a comunidade internacional pode fazer para proteger civis?
Pressão por investigações independentes, aumento de sanções a indivíduos e a garantia de canais humanitários seguros são medidas recomendadas por especialistas; porém a efetividade depende da vontade política dos países envolvidos.
Quais são as próximas etapas para a ICC no caso de Netanyahu e Putin?
A corte pode solicitar mandatos de prisão adicionais, abrir processos judiciais e intensificar a coleta de evidências. Enquanto isso, observará a resposta dos tribunais nacionais e da comunidade diplomática a esses esforços.
Andreza Tibana
outubro 3, 2025 AT 04:48Nem dá pra levar a coluna a sério, parece mais propaganda de fim de semana.
José Carlos Melegario Soares
outubro 4, 2025 AT 00:58Olha, quem escreve assim não entende nada de geopolítica; usar termos pomposos pra virar papo furado não resolve nada.
É óbvio que a imprensa adora comparar tudo pra gerar clique, mas a realidade é bem mais crua e sangrenta.
Marcus Sohlberg
outubro 4, 2025 AT 18:23Na verdade, esse papo de “táticas idênticas” é só mais uma fachada para esconder quem realmente puxa os cordões.
Se você olhar as movimentações de fundos obscuros, vai perceber que há um terceiro jogador manipulando ambos os lados.
Samara Coutinho
outubro 5, 2025 AT 11:47Ao analisarmos a intersecção entre a lógica de guerra e a moralidade internacional, percebemos que a legitimação da violência muitas vezes se apoia em narrativas de paz aparente.
Essa dualidade, presente tanto nas ações de Netanyahu quanto nas de Putin, revela uma estratégia de desgaste psicológico sobre a população civil.
Ao prometer cessar-fogo, os líderes criam uma esperança fugaz que, paradoxalmente, prepara o terreno para escalas mais intensas.
Tal manobra evidencia a instrumentalização do discurso humanitário como ferramenta de negociação de poder.
Além disso, a impunidade fornecida por aliados estratégicos perpetua um ciclo de atrocidades que desafia os limites do direito internacional.
Portanto, a reflexão sobre esses métodos deve ir além da mera condenação política e tocar nas estruturas de poder que os sustentam.
Thais Xavier
outubro 6, 2025 AT 05:11Então, tudo isso seria só teoria? Na prática, o povo sofre enquanto os bastidores jogam xadrez.
É fácil ficar preso nos debates acadêmicos quando a realidade é sangue e destruição nas ruas.
Elisa Santana
outubro 6, 2025 AT 22:35Vamos focar nas iniciativas que realmente ajudam as vítimas: apoiar ONGs locais, divulgar canais de ajuda verificados e pressionar nossos representantes a exigir bloqueio de recursos que alimentam o conflito.
Willian Binder
outubro 7, 2025 AT 15:59Claro, mas enquanto a gente fala de ajuda, os bombardeios continuam. É um teatro barato.
Arlindo Gouveia
outubro 8, 2025 AT 09:23Estimados colegas, é fundamental reconhecer que a análise das dinâmicas de conflito exige uma abordagem multidisciplinar que considere factores geopolíticos, socioeconómicos e humanitários.
Ao integrar perspectivas de direito internacional, ciência política e sociologia, podemos delinear estratégias mais eficazes para mitigar o sofrimento civil.
Ademais, a cooperação entre organizações não‑governamentais e instituições académicas pode proporcionar dados precisos que fundamentem intervenções humanitárias.
A transparência na documentação de violações é crucial para que a Corte Penal Internacional tenha bases sólidas para seus processos.
Por fim, encorajo todos a compartilhar conhecimento e recursos de forma equitativa, garantindo que nenhuma comunidade fique à margem da ajuda.
Marcos Thompson
outubro 9, 2025 AT 02:48Concordo plenamente; a implementação de protocolos baseados no modelo de avaliação de risco multilayer (MRAT) pode otimizar a alocação de recursos emergenciais.
Além disso, o uso de dashboards em tempo real alimentados por SIG (Sistemas de Informação Geográfica) permite monitorar deslocamentos populacionais e identificar zonas de alta vulnerabilidade.
João Augusto de Andrade Neto
outubro 9, 2025 AT 20:12É inadmissível que a comunidade internacional volte as costas para crimes que violam os princípios básicos da dignidade humana.
Vitor von Silva
outubro 10, 2025 AT 13:36Enquanto alguns permanecem céticos, o fato é que a erosão dos direitos fundamentais alimenta um ciclo de violência que se perpetua por gerações.
Erisvaldo Pedrosa
outubro 11, 2025 AT 07:00Ao investigar a suposta similaridade de táticas entre Netanyahu e Putin, descortina‑se uma teia de manipulação que transcende meras estratégias militares.
Esses líderes não apenas militarizam a diplomacia; eles transformam a esperança de paz em mecanismo de coerção.
A promessa de cessar‑fogo se converte em arma psicológica que submete a população a um estado de alerta constante.
Tal prática ecoa antigas doutrinas de guerra total, onde a distinção entre combatente e civil é deliberadamente borrada.
A própria estrutura da International Criminal Court parece impotente diante de alianças políticas que blindam os perpetradores.
Mandados de prisão, embora simbólicos, carecem de mecanismos executórios que alcancem líderes imunes ao protesto internacional.
Enquanto isso, a mídia global mantém um discurso de neutralidade que, na prática, legitima o status quo.
A cobertura seletiva dos horrores, focando apenas em imagens de sofrimento, ignora o contexto histórico que alimenta tais conflitos.
A retórica de “defesa nacional” serve como escudo para ações que violam flagrantemente o direito internacional humanitário.
Os recursos financeiros que fluem para as máquinas de guerra são frequentemente mascarados por fundos de ajuda que jamais chegam aos necessitados.
Essa camuflagem econômica permite que sanções simbólicas tenham efeito nulo sobre a capacidade bélica dos regimes.
Além do mais, a complacência das potências ocidentais cria um terreno fértil para a perpetuação da violência.
A falta de vontade política para impor restrições concretas reflete um medo profundo de confrontar interesses estratégicos.
A população civil, presa entre bombas e negociações vazias, se vê forçada a escolher entre morrer ou fugir em busca de um futuro incerto.
Nesse cenário, a necessidade de um novo arcabouço jurídico que transcenda a soberania estatal torna‑se imperativa.
Somente através de uma ação coordenada, baseada em princípios de justiça universal, poderemos romper o ciclo de impunidade que alimenta essas tragédias.
Marcelo Mares
outubro 12, 2025 AT 00:24Concordo que a ação coordenada é essencial; podemos começar mobilizando a sociedade civil através de campanhas de conscientização digital.
Ao divulgar relatórios de organizações independentes, ampliamos a pressão sobre governos para que adotem sanções efetivas.
Além disso, a criação de fundos transparentes, auditados por entidades internacionais, garante que a ajuda chegue a quem realmente precisa.
É igualmente importante apoiar iniciativas de mediação locais, que conhecem as dinâmicas específicas de cada região.
Essas estratégias, se implementadas em conjunto, podem gerar um efeito multiplicador, reduzindo a capacidade de prolongar o conflito.
Portanto, cada um de nós tem um papel – seja compartilhando informações, contribuindo financeiramente ou exigindo responsabilidade dos nossos representantes.
Vamos transformar a indignação em ação concreta, antes que mais vidas sejam perdidas.
Fernanda Bárbara
outubro 12, 2025 AT 17:48Os verdadeiros poderosos controlam tudo por trás das cortinas da ONU e das grandes corporações
Leonardo Santos
outubro 13, 2025 AT 11:13Se aceitarmos que há interesses ocultos, então a narrativa oficial deixa de ser confiável.
Mas é preciso analisar as evidências com rigor, evitando cair em teorias sem base.
Leila Oliveira
outubro 14, 2025 AT 04:37Prezados leitores, mantenhamos a esperança de que a diplomacia possa ainda prevalecer e que as vozes das vítimas sejam ouvidas com empatia e respeito.
luciano trapanese
outubro 14, 2025 AT 22:01Vamos juntos pressionar nossos representantes, compartilhar fontes confiáveis e apoiar iniciativas de paz – a mudança começa agora.