Imagine lançar seu skate de um prédio de 22 andares, sentir o vento a 100 km/h e aterrissar sem errar. Foi exatamente isso que Sandro Dias fez no último dia 25 de setembro, marcando um dos momentos mais ousados da história do skate. O atleta de 50 anos, patrocinado pela Red Bull, escolheu o Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), em Porto Alegre, como palco para transformar concreto em rampa gigante.
O salto histórico
O objetivo era simples, mas quase impossível: descer de um quarter pipe temporário construído na fachada do prédio, atingindo a maior altura já registrada e a velocidade mais alta em uma estrutura desse tipo. Dias começou a subir a partir de plataformas de 55 metros, depois 60, 65 e, finalmente, 70 metros – quase o dobro da altura de um mega‑ramp padrão.
Ao deixar a última plataforma, ele alcançou 103,8 km/h, percorrendo a queda de 60 metros em menos de um segundo. O Guinness World Records confirmou dois títulos: "Tallest drop into a temporary quarter pipe" e "Fastest speed skateboarding on a temporary quarter pipe".
- Altura total do salto: 70 metros;
- Velocidade máxima: 103,8 km/h;
- Quatro tentativas, todas bem sucedidas no primeiro try;
- Construção de painéis de madeira compensada ao longo da curva do prédio.
Preparação e bastidores
A preparação exigiu meses de treino rígido. Dias usou um colete de 40 kg em um mega‑ramp modificado para ganhar força e resistência. Em corredores de aeroporto, ele chegou a 136 km/h em testes de velocidade, garantindo que o corpo estivesse pronto para a adrenalina extrema.
Para montar as plataformas, engenheiros e equipe de segurança instalaram cordas, mosquetões e sistemas de rapel que permitiam que o atleta fosse içado até o topo várias vezes. O prédio, já desgastado pelo tempo, recebeu um revestimento temporário de madeira que protegeu a fachada e ofereceu uma superfície lisa para o skate.
Todo o processo foi acompanhado de perto por oficiais do Guinness, que verificaram cada detalhe – do tempo de queda ao ângulo da rampa – antes de conceder os certificados.
Após o salto, Dias agradeceu a todos que tornaram o sonho possível e ressaltou que o objetivo maior era dar visibilidade ao skate brasileiro. "É uma vitória de toda a comunidade," afirmou, enfatizando que aquele feito deve inspirar novos atletas a buscar desafios ainda maiores.
Com essa façanha, o skate deixa de ser apenas esporte de rua para entrar no patamar de performance extrema, mostrando que a criatividade e a coragem ainda podem redefinir limites que pareciam intransponíveis.
Fernanda Souza
setembro 27, 2025 AT 20:27Isso aqui é o que o skate precisa: ousadia pura, sem medo de ser grande. Sandro mostrou que idade é só um número quando você tem propósito. Parabéns pra equipe, pra Red Bull e pra toda galera que acredita no potencial do nosso esporte!
Esse salto vai virar referência pra gerações.
Miguel Sousa
setembro 29, 2025 AT 16:12Meu deus, mais um brasileiro fazendo merda pra virar notícia internacional. Cadê os caras que deveriam tá treinando no parque normal? Esse tipo de coisa é perigoso, caro e inútil. O skate é rua, não circo de circo americano.
Se fosse um país sério, isso seria proibido. Mas aí é BR, onde todo louco vira herói.
Rafael Oliveira
outubro 1, 2025 AT 07:52Essa história toda me fez pensar: até onde vamos em nome da performance? Sandro não tá só quebrando recordes, tá quebrando a noção do que é possível. Mas será que isso é liberdade ou uma forma de auto-destruição glorificada?
Quando o esporte vira espetáculo, ele perde a alma. O skate nasceu na rebeldia, não no controle de qualidade da Guinness.
É bonito, é impressionante, mas tá faltando algo... talvez a simplicidade. O que ele fez é arte? Ou só um marketing bem feito?
Eu respeito, mas não entendo. E isso me incomoda mais do que qualquer crítica.
Adílio Marques de Mesquita
outubro 2, 2025 AT 00:43De fato, essa empreitada transcende o paradigma do skate tradicional e se insere num campo de estudos interdisciplinares que envolve biomecânica, ergonomia extrema e fenomenologia do risco.
Os painéis de MDF compensado, aliás, representam uma intervenção arquitetônica de baixo impacto estrutural com alta performance cinética - um verdadeiro *hybrid scaffold* adaptativo.
Além disso, o uso de um colete de 40kg como pré-carregamento neuromuscular é um *load modulation technique* que redefiniu os parâmetros de preparação atlética no esporte de deslize.
Parabéns à equipe técnica por operacionalizar um *risk architecture* tão elegante. O Brasil está, enfim, redefinindo os limites da *extreme sports epistemology*.
Beatriz Carpentieri
outubro 2, 2025 AT 01:54QUE COISA MAIS LINDA!! 🥹💖
Sandro é o tipo de pessoa que faz a gente acreditar de novo, sabe? Tô chorando aqui, sério.
Esse salto é tipo um abraço pro skate brasileiro, pro nosso povo que nunca desiste, que inventa, que voa mesmo quando o mundo diz que não dá.
Quem viu o vídeo sabe: o sorriso dele depois do pouso? É o sorriso da liberdade.
Meu irmãozinho de 10 anos tá treinando no quintal agora só pra tentar ser igual ao Sandro. Obrigada por inspirar, mano!
NATHALIA DARZE
outubro 3, 2025 AT 02:30Os 70 metros foram medidos da base da rampa até o ponto mais alto da plataforma. A velocidade foi registrada por GPS de alta precisão e validada por 3 câmeras de alta taxa de quadros. A estrutura foi projetada por engenheiros da UFRGS com margem de segurança de 300%.
As 4 tentativas foram feitas com intervalos de 45 minutos, com reavaliação de tensão nos cabos entre cada salto. Nenhum dano estrutural foi registrado no prédio.
Os certificados foram emitidos em 28 de setembro, com assinatura de dois avaliadores independentes.
Alvaro Machado Machado
outubro 3, 2025 AT 03:01Eu vi o vídeo três vezes. Não acreditei na primeira. Na segunda, fiquei com medo. Na terceira, só senti orgulho.
Esse cara tem 50 anos e ainda tá lá, correndo atrás do que ama. Não importa se é um prédio ou uma rampa de parque. O que importa é que ele não parou.
Se todo mundo tivesse um pouco dessa coragem, o mundo seria melhor.
Parabéns, Sandro. E obrigado por mostrar que o skate não é só sobre o que você faz, mas sobre o que você inspira.