Quando você ouve a palavra “adulteração”, costuma imaginar um alimento com ingrediente estranho ou uma notícia manipulada. Na prática, adulteração é a alteração intencional de algo para enganar, ganhar dinheiro ou influenciar opiniões. Essa prática aparece em várias áreas – de alimentos e medicamentos a documentos e notícias – e pode trazer riscos reais para a saúde, a reputação e a segurança jurídica.
Os casos mais conhecidos envolvem produtos alimentícios com aditivos não autorizados, mas a adulteração também acontece em serviços, como a modificação de dados em sistemas ou a falsificação de informações em redes sociais. Em todos esses cenários, quem faz a adulteração quer tirar vantagem, seja vendendo algo barato como caro ou espalhando uma versão distorcida de um fato para influenciar o público.
Olhar atento é a primeira defesa. No caso de alimentos, cheque a lista de ingredientes: mudanças de cor muito fortes, cheiros diferentes ou texturas estranhas podem ser indícios. Em medicamentos, observe a embalagem – selo de segurança rasgado, data de validade fora do padrão ou preço muito abaixo do mercado são alertas. Para notícias, verifique a fonte: sites desconhecidos, falta de autoria ou links quebrados costumam ser sinais de conteúdo adulterado.
Outra dica é comparar preços. Se algo muito caro está barato demais, desconfie. Muitos golpistas usam o preço atrativo para chamar atenção e depois mudam os termos da compra. Na internet, pesquisar a mesma informação em duas fontes confiáveis costuma revelar contradições que apontam para adulteração.
A legislação brasileira tem regras claras contra a adulteração. No âmbito alimentar, a ANVISA exige rotulagem correta e proíbe a inclusão de substâncias não autorizadas. Para medicamentos, a Vigilância Sanitária fiscaliza a cadeia produtiva e impõe multas pesadas a quem for pego adulterando. Quando a adulteração envolve documentos ou notícias, o Código Penal prevê crimes de falsidade documental e difamação.
Se você suspeitar de algum caso, denuncie imediatamente ao órgão competente – como a PROCON, a Anvisa ou a polícia civil. Guardar provas, como fotos, prints de tela ou embalagens, ajuda nas investigações. Além disso, mantenha hábitos seguros: compre de lojas reconhecidas, leia rótulos com calma e verifique fatos antes de compartilhar.
Em resumo, a adulteração pode estar mais perto do que imaginamos, mas com atenção e ação rápida dá para se proteger. Conheça seus direitos, fique de olho nos sinais de alerta e não hesite em denunciar. Assim, você ajuda a criar um mercado mais honesto e uma sociedade melhor informada.
A venda de 48 marcas de whey protein, suspeitas de adulteração, deveria ser suspensa até 6 de dezembro de 2024 em nove sites no Brasil. A decisão do Ministério da Justiça veio após constatações da ABENUTRI sobre divergências entre o teor de proteína informado no rótulo e o real. O presidente da ABENUTRI alertou para os riscos dos produtos, que vão de desconfortos intestinais a reações alérgicas severas.
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