Todo mundo já perdeu algum centavo: conta bancária que ficou sem movimentar, depósito que nunca chegou ou benefício que foi cortado. Essa etiqueta reúne notícias e dicas pra quem quer virar a página e pegar de volta o que lhe pertence.
Primeiro, faça um inventário das suas contas. Olhe extratos de bancos, corretoras, caixas eletrônicos e até apps de pagamento. Se houver período sem registro, pode ser sinal de dinheiro parado. Anote número da agência, conta e últimos movimentos.
Os bancos costumam manter valores inativos por até 5 anos. Depois disso, o dinheiro vai para o Fundo de Garantia de Créditos. Use os sites do Banco Central ou da Caixa para pesquisar “contas inativas”. Também vale checar empresas que pagaram bônus ou salários atrasados: muitas vezes o valor fica retido até que o colaborador solicite.
Outra fonte são os processos judiciais. O Tribunal de Justiça tem portal de consulta de dívidas e depósitos judiciais. Se houver ação contra alguém, o valor pode estar bloqueado e disponível para quem provar ser credor.
Não esqueça de conferir benefícios governamentais. Programas como o Bolsa Família ou auxílio emergencial têm pagamentos que podem cair em contas erradas ou ficar sem saque. O site do Ministério da Cidadania permite buscar por CPF e confirmar se há saldo pendente.
Depois de identificar o valor, entre em contato direto com a instituição. Use canais oficiais: agência, telefone 0800 ou chat do banco. Desconfie de mensagens pedindo dados pessoais por WhatsApp ou e‑mail; essas são fraudes comuns.
Se a instituição recusar, procure o Procon ou o consumidor.gov.br. Eles mediam a negociação e podem obrigar a empresa a devolver o dinheiro. Em casos de dívida judicial, vá ao cartório ou ao juiz responsável e solicite a liberação.
Guarde todos os comprovantes: prints de tela, protocolos de atendimento e e‑mails. Isso evita surpresas caso a empresa mude de ideia ou se perca algum documento.
Por fim, mantenha seu cadastro sempre atualizado. Troque endereço, telefone e e‑mail nos bancos e órgãos do governo. Assim, quando houver algum crédito, a notificação chega rápido e você não perde tempo.
Com essas dicas, você transforma o medo de “dinheiro esquecido” em ação concreta. Não deixe o dinheiro parado; ele pode ser seu e está a poucos cliques de distância.
A matéria explica como indivíduos e empresas podem verificar e reivindicar 'dinheiro esquecido' no Brasil através do Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central. Em julho, havia R$ 8,51 bilhões disponíveis para resgate, provenientes de contas bancárias, consórcios e contas de falecidos.
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