Eric Clapton: tudo que você precisa saber sobre o mestre da guitarra

Se você curte rock ou blues, já deve ter ouvido o nome Eric Clapton. Ele é um dos guitarristas mais conhecidos do planeta e tem uma carreira que atravessa seis décadas. Mas quem ele realmente é, de onde veio e por que ainda domina as playlists? Vamos destrinchar tudo isso de forma simples e direta.

Início e ascensão

Clapton nasceu em 1945 em Ripley, na Inglaterra. Desde pequeno ele adorava ouvir blues americano na rádio e logo pegou a primeira guitarra. Aos 16 anos já tocava em bandas locais e, em 1963, entrou nos Yardbirds, um grupo que misturava rock e rítmo balada. Foi lá que ele ganhou o apelido de "guitar‑hero".

Depois de sair dos Yardbirds, formou o Jeff Beck Group e, mais tarde, o lendário Cream. O trio, com Jack Bruce e Ginger Baker, fez sucessos como "Sunshine of Your Love" e "White Christmas" (brincadeira – claro que não). O ponto alto foi o álbum Disraeli Gears, que virou marco do rock psicodélico.

Quando o Cream se desfez, Clapton seguiu em carreira solo. "Layla", escrita com Jim Dylan, virou hino de amor impossível. A voz rasgada, o riff marcante e o violoncelo deram a música um clima único. Desde então ele lançou discos que vendem milhões, como Slowhand (1977) e Unplugged (1992), que rendeu o Grammy de "Melhor Álbum Acústico".

Legado e influência

Eric Clapton não é só um guitarrista; ele é referência de técnica e emoção. Seu estilo mistura blues clássico com rock pesado, mostrando que a guitarra pode ser tanto melódica quanto agressiva. Gerações de músicos, de Jimi Hendrix a John Mayer, citam Clapton como inspiração.

No Brasil, suas músicas ganharam versões de artistas como Gil Barton e Marcos Valle. O som do blues britânico encontrou espaço nos clubs de São Paulo e do Rio, e as linhas de guitarra de Clapton ainda ecoam nas jam sessions de fim de semana.

Além da música, Clapton tem história de desafios pessoais – lutas contra álcool e a perda trágica de seu filho. Esses episódios influenciaram canções como "Tears in Heaven", que fala sobre dor e superação. Essa vulnerabilidade ajudou a criar uma conexão forte com o público.

Hoje, Clapton continua em turnês, embora com ritmo mais tranquilo. Ele participa de projetos beneficentes, como o Crossroads Centre, que ajuda dependentes químicos. A mais recente turnê europeia de 2024 mostrou que ainda tem energia para lotar arenas.

Resumindo, Eric Clapton é um mito vivo: começou tocando em pubs, virou estrela mundial, superou crises e ainda inspira músicos de todos os cantos. Se você ainda não conhece seu trabalho, comece pelos clássicos "Layla", "Wonderful Tonight" e o album "Unplugged" – você vai entender por que ele merece o título de rei do blues.