Recuperação Judicial – Guia rápido e atualizado

Se a sua empresa está com dívidas que parecem não ter fim, a recuperação judicial pode ser a saída. Não é um bicho de sete cabeças, mas exige atenção a prazos, documentos e à lei 11.101/05. Neste guia vamos explicar tudo que você precisa saber para decidir se vale a pena e como preparar o pedido.

Como funciona a recuperação judicial

Primeiro, o pedido é feito ao Judiciário e precisa conter um plano detalhado de pagamento. O plano deve listar todos os credores, o valor de cada dívida e a proposta de pagamento, que pode ser à vista, parcelado ou até com desconto. Depois que o pedido entra, o juiz concede um prazo de 15 dias para que os credores se manifestem.

Se a maioria dos credores aprovar o plano – é preciso que representem, ao menos, 50% do valor total das dívidas – a empresa tem até 12 meses para cumprir o que foi combinado. Durante esse período, a empresa fica protegida de novas execuções e ações de cobrança, o que dá fôlego para reorganizar as finanças.

Dicas para quem vai entrar com o pedido

1. Organize a documentação: extratos bancários, contratos, notas fiscais e demonstrações contábeis são essenciais. Quanto mais claro o quadro, mais fácil será convencer o juiz e os credores.

2. Contrate um advogado especializado: a lei tem detalhes que podem passar despercebidos e um profissional experiente evita armadilhas que podem levar ao encerramento da empresa.

3. Elabore um plano realista: nada de prometer pagamentos que a empresa não consegue honrar. Credores valorizam propostas factíveis e costumam aceitar melhor quando veem que o empresário conhece os próprios limites.

4. Comunique a equipe: a insegurança dos funcionários pode atrapalhar a produtividade. Transparência gera confiança e ajuda a manter o ritmo de trabalho durante a reestruturação.

5. Negocie com os maiores credores primeiro: se conseguir o apoio dos principais credores, os demais tendem a seguir o exemplo, facilitando a aprovação do plano.

Depois de aprovado, o acompanhamento do plano é obrigatório. Cada pagamento atrasado pode ser questionado pelo juiz e colocar tudo a perder. Por isso, use sistemas de controle financeiro e mantenha registros de todos os desembolsos.

A recuperação judicial é diferente da falência porque busca a continuidade da atividade econômica. Se tudo correr bem, a empresa sai da crise, paga seus credores e volta a crescer. Caso contrário, a falência pode ser inevitável.

Fique de olho nas notícias: a cada ano surgem novos julgados que criam precedentes. Entender esses movimentos ajuda a ajustar o plano e aumentar as chances de sucesso.

Em resumo, a recuperação judicial é uma ferramenta poderosa, mas requer planejamento, assessoria jurídica e disciplina financeira. Se a sua empresa está em apuros, avalie bem as opções e não deixe para a última hora.

Ações da Americanas Disparam Após Lucro Bilionário no 3º Trimestre de 2024
18 nov

Ações da Americanas Disparam Após Lucro Bilionário no 3º Trimestre de 2024

por Adrielle Estheffane nov 18 2024 0 Economia

As ações da Americanas (AMER3) dispararam após a empresa registrar um lucro bilionário no terceiro trimestre de 2024. Com uma recuperação judicial em andamento, a companhia anunciou um lucro líquido de R$ 10,3 bilhões. Este resultado é um marco em comparação ao prejuízo de R$ 1,063 bilhão no mesmo período do ano passado, atribuído ao reconhecimento de receitas financeiras durante a liquidação de dívidas e ao aumento das vendas no varejo.

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